Manifesto de "um Português" que não é nacionalista serôdeo nem patriota de esquerda
- José Pombeiro Filipe
- 30 de jan. de 2019
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Publicado por José Manuel Pombeiro Filipe · 17 de junho de 2017 ·
MANIFESTO de UM PORTUGUÊS QUE CRESCEU EM VILA VIÇOSA MAS NÃO É ANTICOMUNISTA, sobre a HISTÓRIA e a CULTURA, nas vésperas de mais uma ELEIÇÃO #VilaViçosaNãoseRende #10deJunho #VilaViçosa #MontesClaros#Restauração #GuerradaRestauração #GuerradaAclamação #DJoãoIV#Património #MonumentosNacionais "#MemóriaSocial
O carácter anónimo e popular do personagem que emerge como herói na descrição da RESISTÊNCIA AO CERCO em Junho/1665 explica porque é que os cavaleiros fidalgos e os estrategas do fogo cruzado de artilharia, tiveram a primazia do protagonismo destes combates, e porque é que foi o cenário de MontesClaros a ficar na História de Portugal. Pode perceber-se porque é que o Estado Novo, 300 anos depois, deu o protagomismo à figura de um Duque que saía da Vila em grande pompa aclamado como Rei por todos os Municípios de Portugal (à excepção de Ceuta). Também se percebe que a Causa Monárquica tenha valorizado a figura do conjurado D. Álvaro Abrantes (em evocação do qual fizeram a estátua em bronze que está junto ao canto da cerca velha onde os italianos abriram a brecha). Mas não é fácil perceber porque é que os que se dizem "patriotas e de esquerda", e que os eleitores de Vila Viçosa instalaram na Câmara, não valorizam um personagem como este português anónimo que lutava pela sua terra e a independência do seu país. E menos ainda se pode aceitar que desprezem o que resta do cenário onde decorreram estes acontecimentos, e que poderiam colocar Portugal entre os locais das grandes batalhas, e dar da vila uma feição mais popular do que a que tem, demasiado vinculada a D. João IV.. Pode ser que tenham razão, e que esta continue a ser uma vila de servos da corte que inteiramente se identificam com o seu Senhor. Mas, mesmo entre os servidores da côrte ducal, surgiu, ao longo dos tempos, uma pleíade de mulheres e de homens senhores de si. Públia e Martim Afonso, muitos os conhecem, quanto mais não seja, pelos nomes de escolas, ruas e praças. Mas um #AntónioCavide, quem conhece este calipolense, também ele protagonista do processo em que o país foi, da aclamação de D João IV, ao Golpe de Estado de Castelo Melhor. Qual a importância daquele que foi o secretário de puridade do Duque, e do Rei até à morte deste? Qual foi a importância da diplomacia portuguesa (em que, a todos os títulos, se inclui Dona Catarina-- #CatarinadeBragança). A Restauração, em Vila Viçosa, como no Portugal que se refez a partir dos pedaços espalhados pelo mundo, não foi só D João IV. Para além do Duque e dos conjurados, sobre a massa anónima de soldados e paisanos soldados, foi gente como Cavide, e outros funcionários da corte e dos municípios, que emergiu na reconstituição de Portugal após 1640, e que só não ficou na "História" porque a sua gesta foi desvalorizada e apagada pela nobreza que apoiou Castelo Melhor, e acabaria por apoiar D Pedro, ou apoiar-se nele, para destronar D. Afono VI e encarcerá-lo em Sintra. Não são só os "patriotas de esquerda" quem não reconhece as figuras que poderiam ser os seus heróis. Também os "intelectuais e funcionários" que polulam na Vila, não sabem valorizar o papel que o seu grupo social teve na História. O que dá uma ideia do papel que têm agora. E assim fica explicada a minha dedicação aos acontecimentos da Resistência ao Cerco e à memória que deles se guarda ... ou destrói. Se não houver, já não digo 150 "espingardeiros" que queiram levantar o testemunho, nem tão somente 15 para alimentar a esperança, acontentem-se com um e meio, que eu já fiz o que tinha a fazer. Continuem a bater palmas aos que dizem promover a Vila. Como fizeram os mil que eu vi, e podemos rever, numa fotografia dos anos 40, numa manifestação para garantir que "Vila Viçosa é Anticomunista!" -- que terá sido como dizer que era portuguesmente fascista, ou seja, conformista. Então como agora, em que, ao votarem num "comunista", estão a confirmar que são conformistas. E ao votarem noutros, com conformismo será. Porque não construiram alternativas, conformados que estão. Como sempre? ... ou, até quando?.
ATÉ QUANDO!



9 de Junho de 2015 (ou 2016?)
9 de Junho de 1665

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